23.12.09

Quem são seus amigos?

- Lua? Naty? Luan? Diogo?
O som tinha sido pausado e a galera a nossa volta inclusive meus "amigos" ficaram parados assistindo ao espetáculo.
- Se toca garota, você tá sozinha!
Felipe pegou minha mão e cochichou pra mim " eu tô aqui". Apesar do apoio dele eu não pude deixar de entrar em desespero vendo que até então os ditos "amigos" não faziam nada, não diziam nada e o único a me apoiar foi um garoto que acabei de conhecer. Nisso Paula chegou para ver o que estava acontecendo e ao me ver sua reação não podia ser outra.
- O que você está fazendo aqui? (ela disse "você" apontando e me analisando dos pés a cabeça).
- Eu fui convidada.
- E quem foi o trouxa que te convidou? Eu imediatamente olhei para Laura que fez uma cara de decepção acenou que não e baixou a cabeça.
- A Laura me convidou.
- Lua! Você fez isso? Ela perguntou já a induzindo a negar.
- Eu só convidei os garotos, essa ai veio de penetra.
Não pude acreditar no que estava ouvindo.
- Mas vocês vieram juntas! Um dos garotos a denunciou, mas Paula pareceu ignorar.
- Penetra! Vai se aproveitar de outro, piranha!
- Disse bem, me aproveitar! Porque é só isso que eu e qualquer outro aqui quer de você e da nojenta da sua irmã.
- Fora da minha casa, abominação da natureza, dissimulada.
- Acho que a dissimulada aqui não sou eu.
- Disse bem queridinha: "acha". Todos aqui sabemos que você é só uma coitada que vive tentando se enturmar.
As pessoas a volta batiam palmas, gritavam, xingavam, vaiavam e eu ficava cada vez mais nervosa,dei um passo para trás tentando sair, mas as pessoas nos cercavam impedindo uma possível saída discreta.
- Isso aqui é um ninho de cobras.
- Então pequeno rato intruso... Vaza, antes que eu te devore.
Eu queria chorar, sair correndo dali e abraçar alguém repetindo mil vezes que eu sou infeliz e sozinha ou quem sabe me trancar no meu quarto ouvindo Simple Plan abraçada a um ursinho de pelúcia. As pessoas zombavam de mim, me vaiavam, me senti um verdadeiro lixo quero dizer verdadeiro não... Falso! Onde estava meu caráter? Elas tinham razão, eu não devia estar ali.
- Você não ouviu não projeto de piruá?
- Vai embora! Ninguém te quer aqui.
- É! Ninguém.
Meus olhos se encheram de lágrimas, me deparei com uma verdade: ninguém me queria ali, nenhuma daquelas pessoas eram meus amigos.
- Penetras vão embora! Exceto você. Ela disse sorrindo para Felipe, ele ficou sem saber o que fazer e eu saí correndo empurrando as pessoas que me empurravam, xingavam e vaiavam e se não bastasse alguém colocou o pé para que tropeçasse, e eu tropecei. Me esborrachei no chão ralando os joelhos e cotovelos, as pessoas riam, levantei rapidamente e fui embora a pé e mancando com as lágrimas a me escorrer pelo rosto.(Droga, quebrei o salto do meu sapato novinho).

Go to... festejar?

Eu já havia ido à casa de Paula antes, mas nunca a vira daquele jeito a casa estava parecendo aquelas casas de filmes norte americanos, cheia de gente, a piscina cheia de balões, DJ, luzes e muitos caras gatos.
- Que casa bacana! Um dos garotos disse.
- Pena que a dona da casa não seja tão bacana quanto a casa. Laura disse maldosamente. O garoto bonitinho, aquele da entrada, veio falar comigo já com um sorriso lindo de morrer estampado no rosto.
- A Emília já encontrou a pílula falante? Ou quer que eu encontre?
- No caso eu sou Emília?
- Tem mais alguma bonequinha aqui? (Geeente, para tudo! Que cantada mais fofa. Amei, além de fofa tem um fundo meio sacana.)Eu o respondi com um sorriso e um olhar mimoso.
- Eu sou Felipe, mas você pode me chamar de Fe ou de Lipe ou do que você quiser. E a minha bonequinha tem outro nome ou terei de te chamar de Emília? Não tive como não rir ouvindo aquilo, fofo e engraçado e hum...
- Gostei de Emília! (Não gosto de envolver meu nome).
- Está bem! Se você prefere assim.
- É eu prefiro. Consegui dizer isso sem parecer rude. Estávamos conversando bem próximos ao barzinho montado perto da piscina.
- E a Emília gostaria de uma fada verde?
- Adoraria!
- Um segundo, eu já volto!
Enquanto ele foi pegar a bebida puxei conversa com as pessoas que estavam por perto, dentre elas Luana a irmã de Paula e justamente ela fez a pergunta que eu não esperava.
- Eu não sabia que minha irmã tinha te convidado. Aliás quem te convidou?
Nisso Felipe chegou com a bebida.
- Eu sou Vip minha cara.
- Vip aonde? No bordel da sua mãe? - eu não podia deixar baixo um insulto desses - e esse quem é?
- Realmente sou vip no bordel da minha mãe onde não por acaso você é uma subordinada.
Foi lindo ver a cara de surpresa dela.
- Eu não vou admitir uma coisas dessa na minha casa. Ela disse "minha casa" bem pronunciado e acentuado, tipo "você é a intrusa".
- O que está acontecendo aqui? Felipe resolveu se intrometer.
- Não se mete penetra. Ela disse à ele mais mesquinha que o comum. - Esta é minha casa e você NÃO é bem vinda. Agora eu engoli seco, o circo estava armado e eu provavelmente seria a palhaça.
- Se você quer que eu vá embora, Ok eu vou, mas vou levar mais da metade dessa galera aqui, porque você sabe muito bem que eu sou muito mais querida por eles do que você.
- E eu sou rica, tenho o que eu quiser!
- Eu tenho pena de você.
- Não tenha, morra de inveja.
- Eu jamais terei inveja de você, que as pessoas fingem gostar só para se aproveitarem da sua grana.
- E você que não tem ninguém?
- Tem certeza?
Ela deu um sorriso maldoso olhando a sua volta como quem diz "cadê eles?". Pra minha sorte Felipe continuou do meu lado o tempo todo, ele realmente é um fofo. Com o barraco rolando as pessoas se juntaram a nossa volta inclusive Laura, eu já estava irritada, não podia continuar ali ( se continuasse provavelmente choraria de nervoso).
- Quer saber eu não vou ficar aqui para ser distratada, Lua? Ela olhou pra mim e fez que não com a cabeça, olhei em volta procurando mais alguém, a verdade é que eu estava sozinha.
- Cadê seus amigos que iriam embora com você?

17.12.09

Penetras!

Enquanto estávamos a caminho da festa Laura não parava de tagarelar um segundo se quer, paramos num semáforo onde um carro cheio de garotos parou ao lado(até que dois deles eram bem bonitinhos.).
- Olha só o poder da mamãe aqui querida. Laura me disse empinando as costa, abrindo a janela, ajeitando o batom e aumentou o som. No Mp3 do carro tocando Gimme more da Britney Spears para chamar atenção(como se só ela já não chamasse). Eles também aumentram o som, Eminem, nem lembro que música era, não gosto de eminem. Ela apenas olhava para frente fazendo pequenos movimentos lentos e tenho que admitir.. Sexys. Ela olhou para mim deu uma piscadinha, abaixou o som e olhou para o motorista do fiat Linea prata, o passageiro disse algo entre risos, o motorista que era um gato vendo A motorista, Laura, deu um sorrisinho maroto, abaixou o som, olhou umas duas vezes para o semáforo que ainda estava fechado e ficou a encarar Laura que apenas o olhava de soslaio. Sinal verde, os dois arrancaram bruscamente, logo parando no semáforo seguinte, ele olhou para o lado pego seu celular e fez um sinal pedindo o número do telefone dela. Ela apenas sorriu olhando pra frente.
- E ai? Dou meu número?
- Ele é gato!
- Quer chamar ele pra festa?
- Você quer?
- Quero! Ela disse com convicção mordiscando o lábio. Abriu a bolsa, pegou um cartão e alcançou-o para o passageiro, ela também tinha escrito algo no verso. O motorista pegou o cartão do amigo ficou meio pensativo, disse algo aos garotos do banco de trás, olhou para Laura e fez uma careta, ela apenas fez uma expressão de quem pergunta: "e ai?", ele leu novamente o cartão e fez que sim com a cabeça para nós. Dessa vez ela deu um sorriso mais largo e malandro. Ela arrancou com o carro e eles nos seguiram até a casa de Paula. (sim eles estavam indo de penetras, mas em festa homem nunca é de mais.).
Estacionamos o carro junto do resto que já estavam parados e que preenchiam todo o terreno de frente a casa, os garotos encostaram o carro bem ao lado do Pegeot. Pegamos nossas bolsas ajeitamos o cabelo e a maquiagem e descemos do carro como divas. Os garotos empolgados pareciam nos disputar entre si.
- Sócias hoje? Laura me perguntou baixinho.
- É claro que sim. Rimos e fomos conhecer os garotos.
- E ai meninas? Qual é da festa? Perguntou o mais bonitinho deles, o motorista.
Eu e Laura nos olhamos demos um sorrisinho e não respondemos.
- Emília perdeu a pílula falante? Perguntou o segundo mais bonitinho, diretamente para mim. Eu atrevida como sempre logo joguei um verde.
- Perdi, será que você podia achar pra mim? Eu lhe disse rindo.
- Com todo prazer "Madame". Ele disse "madame" num sotaque bem francês, muito sexy seguido de um sorriso que eu logo pensei: " eis o primeiro da noite".
- Nó vamos ficar aqui fora papeando ou vamos à festa? Laura disse já nos guiando a casa.

29.11.09

Festa? Oi!

Bom até chegar em casa nada demais aconteceu, um comentário cá outro lá. Cheguei em casa deitei na minha, pronto! Agora só falta alguém me chamar pra sair. Foi só dizer e começou a tocar Hianna, novo toque do meu celular.
- Alô!
- Oii amor!
- Oi Luaa. Tudo bom flor?
- Sim, sim e você?
- Agora, ótima! acabei de chegar em casa.
- Deixa eu adivinhar... COM-PRAS.
- Exato! Comprei roupas aberradoramente lindas e um sapato mais que perfeito.
- Então eu liguei em boa hora, acho eu.
- Por que?
- A Paula vai dar uma festa e eu não estou nem um pouco afim de ir sozinha. Que tal?
- Amiga você acabou de salvar a minha vida. Que horas? Onde? E o que vestir?
- Bem, vai ser tipo uma balada, na casa dela mesmo. Passo pra te pagar ai as oito.
- OK. Vou tomar um banho pra estar pronta as oito. Beijocas miguxa.
- Bejin, bejin. até daqui a pouco.
- Até.
As vezes eu me surpreendo com a minha falsidade, mas de que importa? É uma festa, hoje, e de graça. Então estou pouco me lixando pra nojenta da Paula ou para o jeito irritante e mesquinho da Lua. Qual é? O nome dela nem é Lua e sim Laura, mas ela se auto-intitula "Lua" porque ela diz que Lua é mais pop (garota nojenta). Conheço uma garota chamada Lua que é um máximo, ela sim honra seu nome, Ela é uma Rippie muito louca, mas também verdadeira, sincera e eu a adoro, à propósito o nome dela é mesmo Lua.
Tomei um banho bem demorado, multiplicando minha paciência(vou precisar de muita). E agora o que vestir? Comprei tanta coisa que fico indecisa no que usar. Bom eu vou pra casa da Paula, então tenho que estar melhor vestida do que ela, preciso de algo sensual, atrativo e chic. Acho que um vestido balonê preto, curto, com minhas sapatilhas tigradas deve resolver. Passei uma maquiagem que realça meus olhos e minha boca perfeitamente desenhada pela natureza. Alisei o cabelo passei uma pomada para diminuir o volume que com este novo corte já é pouco, pronta! Me olhei no espelho e me surpreendi como eu podia estar tão linda? Minha pele naturalmente branca, meus grandes olhos castanhos e minha boca carnuda faziam-me parecer uma atriz de filme de ficção de lobisomens e vampiros.
A buzina tocou duas vezes chamando-me, peguei minha bolsa, dei um beijo em minha mãe e fui embora. Eu tinha que admitir que Laura fica muito gata dentro daquele Pegeot preto, ela com aqueles cabelos loiríssimos e seus olhos ridiculamente verdes destacava-se muito no seu carro com vidros pretos e a janela aberta apenas para exibir toda sua beleza (Lembrando que ela é menor emancipada por isso dirige, mais uma triste realidade: o pai dela é milionário.).

17.11.09

SáBaADoOOOoOoOoOo

Sábado! Finalmente é sábado. O melhor dia da semana, dormi feito uma pedra desde a lamentável interferência do meu sonho.
- Filha você quer ir ao shopping comigo?
Ops eu ouvi a palavra shopping? Levantei num salto, de felicidade, eu realmente estava precisando fazer umas compras. Joguei os cobertores para o lado vesti minhas pantufas lindérrimas peguei uma toalha limpa, tomei uma banho morno pra acordar, tive um café da manhã daqueles de novela com frutas e sucos e pão integral. Então escolhi minha melhor roupa, minha melhor sapatilha, meu melhor perfume(aquele francês que minha tia trouxe de Paris), sequei os cabelos fiz uma chapinha, passei um esmalte roxo, um rímel e um pouco de delineador. Pronta! Peguei meu celular, meu Mp5 coloquei na bolsa. Minha mãe cansada de esperar gritava meu nome no andar de baixo.
- Já tô indo, mãe!
- Vou esperar no carro. (Ela sempre diz isso, mas sempre espera na porta de casa).
- Finalmente conseguiu sair do quarto?
- Pronto! Já tô aqui.
- Então vamos lá.- Vamos, tô louca pra ir as compras.
- Então onde quer ir primeiro?
- Primeiro quero comprar um sapato que eu vi na Arezzo, ele é perfeito, mãe. Eu preciso dele!
- Tudo bem vamos lá então.
Ela riu feito uma mulherzinha irônica e fútil( adoro isso nela, ela se preocupa com coisas de mulheres e consigo mesma, ela realmente se valoriza. Vai ao esteticista uma vez por semana e uma vez por mês ao Spa.). Fomos comentando sobre moda, cores, coleções e novidades. Chegamos a Arezzo, logo uma atendente nada simpática veio cercando-nos.
- Posso ajudá-las?
- Sim! Eu gostaria de ver o Scarpin tigrado de salto não muito alto da nova coleção.
A atendente fez uma cara de surpresa, do tipo que garota viciada em sapatos e logo foi buscar meu novo par superestiloso da Arezzo. Enquanto eu tirava minhas lindas sapatilhas sentada numa daquelas cadeiras nada aconchegantes a atendente voltava com uma caixa magenta nas mãos, não pude conter meu sorriso de prazer ao ver aquela caixa colorida. Foi quando a atendente me tesourou legal.
- Olha, - disse ela com uma cara do tipo ai que peninha - Não temos mais o tigrado mas eu trouxe este que também é da nova coleção. Pude sentir meu rosto queimar de raiva, meu sorriso sumiu no mesmo instante em que minha mente começou a ferver.
- Como assim trouxe outro? Eu por algum acaso pedi outro sapato que não o Scarpin tigrado?
- Não, mas eu pensei que..
- Você não tem que pensar nada! Eu quero o meu sapato nem que você tenha que ir a China. - Minha mãe preocupada, segurou meu ombro carinhosamente tentando me acalmar sem sucesso. - Calma querida nós podemos encontrá-lo em outra loja.
- Encontrar em outra loja? Essa é a maior Arezzo da cidade. Como pode não ter MEU sapato? - eu estava a ponto de explodir quando o gerente chegou.
- Oque está havendo aqui? - Perguntou ele à atendente que desesperada e sem reação fez um sinal com a mãe em minha direção o gerente que era subordinado de minha mãe antes dela o despedir, logo reconheceu-me e à minha mãe.
- Dr. disse ele dirigindo-se à minha mãe.
- Gustavo - Respondeu ela friamente. Ele ja conhecendo o temperamento nada sutil de minha mãe, tornou a expressão mais agradável e submissa.
-Em que posso ajudá-las? - É claro que logo me meti, pois o assunto é totalmente meu.
- Bom eu vim até aqui para comprar um Scarpin da nova coleção e a sua atendente teve a ousadia de me dizer que vocês não tem mais um par sequer.
- Talvez ela esteja certa, mas mesmo assim vou verificar eu mesmo para vocês. Ok? - "Talvez ela tenha razão", não ela não tem razão, eu tenho (as vezes sou muito fútil).
- Ás vezes você me assusta filha. Você tem o gênio de seu pai.
- Acho que tenho seu mamãe. Ela apenas riu admitindo que tinha um gênio forte e difícil de lhe dar.
- Odeio atendentes, adoro prateleiras. Minha mãe pôs-se a rir descaradamente. O gerente voltou, sem nada nas mãos.
- Eu lamento Doutora, mas realmente não temos mais este modelo em estoque. Minha mãe apenas se levantou deu as costas, ai eu já sabia o que fazer.. imitá-la, levantei e fui logo atrás. Entramos no carro minha mãe automáticamente disse:
- Sempre foi incompetente! - Eu sabia que ela só disse aquilo pra me agradar - Vamos ao shopping!
Fomos ao Crystal Plaza, passamos em diversas lojas algumas como Capoani, Liliana Castellanos, Scatto e, ah é eu encontrei meu sapato super perfect na Arezzo do shopping. Depois fomos à Princess Hair, fiz as unhas e o cabelo, tentei um novo corte que ficou ótimo, DESFIADO TOTAL. Fizemos um lanche no SubWay e cansadas resolvemos voltar para casa.

7.11.09

Malditos sonhos que acabam na hora H!

Uma luz intensa tocou-me o rosto chamando-me a atenção e me fez acordar, levantei, eu ainda estava debruçada sobre a janela e aquele brilho que me acordara era da lua, ainda cheia e tão espetacularmente linda. ao escutar o miado manhoso da minha gata olhei no mesmo instante para trás e congelei. Um homem moreno, de cabelos pretos, olhos escuros estava sentado em minha cama e me olhava carinhosamente. Fiquei sem reação alguma, olhando bem no fundo daqueles olhos tão escuros e cativantes quanto a noite, ele sorriu levemente e pude reconhecê-lo, era o cara do ônibus! é ele sim, tenho toda certeza. Ele não levantou, não se moveu nem um pouco, apenas me olhava com um meio sorriso no rosto, meu medo começou a desaparecer, consegui me mover lentamente para perto da cama onde ele permanecia sentado e me acompanhava com o olhar sem dizer uma palavra. O seu olhar foi me engolindo, me absorvendo, estava em total estado de hipnose, meu corpo foi ficando pesado e difícil de equilibrar eu mal podia respirar não conseguia desviar daqueles olhos incisivos e sedutores. Senti minha respiração pesar e meu corpo cair lentamente, ele levantou-se e me segurou com mãos firmes enquanto meu corpo desleixava-se, eu não pude tirar os olhos dos dele nem por um milésimo de segundo, mesmo sem intenção meus lábios entreabiram-se vagarosamente, ele veio aproximando-se cada vez mais e pude sentir o calor de seu corpo ao encontro do meu e seus braços firmes a me envolver toda volupta. Sua respiração também pesava, senti o seu hálito fresco como a noite e atirei meus lábios contra os dele, enquanto eu o beijava ele me apertava cada vez mais contra ele e o beijo ficava mais intenso, mais quente...
- Miiiaaauuf.
Acordei assustada olhando em volta, ninguém, pra variar foi só a droga de mais um sonho.
Não tive mais vontade de dormir, fechei a janela peguei meu celular e comecei a teclar uma mensagem para minha best eu realmente precisava dela, (sei que ela ficará furiosa em eu acordá-la a esta hora, aliás são 4:15 da madrugada.). O celular vibra e a resposta logo chega:
"Vadia! pq me acordou essa hora?" Eu ri baixinho para não acordar ninguém e continuei a teclar: "Mamãe tive um pesadelo! apoksaopsa". Esperei a resposta que logo veio: "VSF, mamãe qr dormir, tem q trabalhar amanhã cedo" (Ela odeia quando eu a chamo de mãe, não sei porque, mãe é uma palavra tão carinhosa.) "O trabalho da mamãe só começa ás 8 p.m. oskaposa" ( ela sempre entende essas frases de duplo sentido) "não esse é o trab. da filinha" ela logo retrucou, "filho de peixe peixinho é" eu não deixaria por menos, depois de mais algumas mensagens sem sentido ela parou de responder (no décimo "eu te amo"). Deitei na cama coloquei Enya tocar no meu super mp5 e caí no sono.

27.10.09

Eu sei que sim!

Tuuh..tuuh...tuuh.. - Clínica psiquiátrica Dr. Pablo Mendez boa noite! - Disse a voz do outro lado da linha, deitei na cama me preparando pra falar um monte de baboseiras sem sentido.
- Aqui é ... o Dr. Pablo está?
- Está sim, vou ver se ele pode atendê-la. - Como assim ver se ele pode atender, eu sou a paciente mais importante e querida dele ele VAI me atender. - Ele te retornará daqui cinco minutos, ok?
- Tudo bem, mas só cinco minutos. - É claro que não está nada bem eu quero falar com ele agora. Acalmei minha mente respirei lentamente, fechei os olhos tentando esquecer por alguns segundos tudo o que havia acontecido. Abri os olhos com dificuldade de enxergar estava tudo escuro, escutei uma respiração alta perto de mim, minha cama baixou como se alguém subisse nela, a respiração foi ficando mais ofegante e mais perto quando senti o bafo quente em meu rosto e.... Trriiiiiiim.. Levantei assustada.
- Mais um sonho! - Peguei o telefone e apertei a tecla verde.
- Alô!
- Alô ... aqui é o Dr. Pablo, você me ligou. Está tudo bem?
- Sim, quer dizer não!
- O que houve?
- Dr. preciso de ajuda. Ontem vi algumas coisas estranhas, mas não sei se foi sonho ou realidade.
- Como assim? você está me confundindo.
- Vou tentar explicar. Ontem estava com a sensação estranha de que as pessoas estavam me observando, depois que fui dormir acordei no meio da noite com meu celular tocando e a janela do meu quarto estava aberta, você tem noção? aberta! Dr. o sr. sabe que eu tenho pavor de dormir com a janela aberta.
- E você me ligou porque dormiu com a janela aberta?
- Não, a janela estava aberta e eu levantei para fecha-la, mas quando olhei para fora havia um homem olhando e quando me viu ele pulou o muro de uma forma sub-humana. Fechei a janela, desliguei meu celular e voltei a dormir e sonhei com ele e quando acordei meu celular estava desligado. Será que foi tudo sonho Dr. ? Ou eu tô pirando de vez?
- Bom, não é a primeira vez que você me deixa sem ter o que dizer, mas desta vez me surpreendeu. Tente lembrar de mais detalhes.
- Quando levantei a noite eu estava de meia e quando acordei de dia também, e hum... quando acordei de dia já, peguei meu celular para ver se estava desligado e sim estava desligado então eu o liguei e ele sinalizava "bateria fraca".
- O som que você diz ter escutado ao acordar pode ter sido seu celular sinalizando bateria fraca, é raro, mas pode acontecer de o som ter interferido no seu sonho. É de duvidar que tudo isto tenha sido realidade. E su...
- Minha mente é muito fértil eu já sei! Obrigado por tudo Dr.
- De nada querida, tome um chá para relaxar e procure descançar, o sonho pode ter sido resultado de cançasso. E já sabe qualquer coisa me ligue.
-Ok. - Disse aquele ok como se dissesse que não, desta vez o dr. não me convenceu, e aquela angustia só fez aumentar.
- Até mais e mande um beijo pra sua mãe.
- Pode deixar.
Fiquei segurando o telefone no ouvido escutando aquele "tuh" zunir em minha mente. Não foi um sonho, foi real! Tudo aquilo cada detalhe, tenho a mais absoluta certeza de que foi real sim. Fiquei a olhar para o teto sem piscar muito a luz piscou uma, duas e não mais acendeu, então vi a luz da lua cheia preencher o meu quarto com um brilho prateado e mágico. Eu só poderia estar enlouquecendo, levantei, fui hipnotizadamente até a janela e a abri sentindo a brisa fria tocar meu rosto. Sentei na poltrona embaixo da janela e fiquei a admirar a deusa que irradiava seu brilho sobre mim e ali adormeci.

25.10.09

Um turbilhão de coisas passavam em minha cabeça. concerteza a noite passada me deixou bastante pertubada, comecei a imaginar um monte de coisas, espírito, vampiro, laican o que seria aquele homem? O que ele queria lá? roubar? estava lavando o rosto quando tive a certeza de que alguém me observava, levantei o rosto olhei no espelho em frente a mim, ninguém, peguei a toalha e sequei o rosto distraída quando olhei de relance pensei ter visto alguém atrás de mim, mas não havia ninguém (acho que "the house of the night" anda mexendo muito com minha imaginação.). Sempre acreditei em espíritos,vampiros, lobisomens e em todas criaturas mágicas. Sempre sonhei que algo extraordinário acontecesse comigo(a maioria dos finais desses sonhos "acabavam" com vampíros), talvez o homem de ontem tenha sido apenas um fugitivo ou assaltante(até parece algo natural, um assaltante na minha casa). A cena de ontem a noite não saía da minha cabeça muito menos o sonho, pensei em mil hipóteses, mas nenhuma delas foi capaz de me satisfazer e tranquilizar minha mente, passei o dia todo preocupada mal vi o tempo passar, mal conversei, pensei comigo se deveria contar o que aconteceu a alguém, mas não acreditariam em mim melhor ficar quieta por enquanto.
Passaram-se as aulas do dia, resolvi voltar sozinha para casa( que burra!), parecia que todos olhavam para mim, que todos me condevam por algo, senti uma culpa sem razão alguma, não fazia sentido sentir culpa eu não fiz nada, dessa vez. Estava tudo muito estranho, minha imaginação estava a mil eu mal sabia diferenciar realidade de sonho. encostei a cabeça na janela do ônibus e deixei meus pensamentos vagarem por ai. De repente o mesmo rapaz de ontem( do ônibus) sentou na minha frente num banco voltado de frente para o meu, fiquei o observando ele é estranho parece ter saído de um filme, não é lá muito bonito, mas também não é feio, ele lia algo que parecia história em quadrinho, ele abaixou o livro e ficou olhando diretamente para mim, como se estivesse lendo meus pensamentos, resolvi encarar seu olhar, ficamos em silêncio olhando bem nos olhos um do outro até que olhei para fora, droga, droga, droga perdi meu ponto levantei correndo e apertei o botão, desci mais longe da minha casa o que me fez andar mais. A rua estava deserta e ainda eram 8hs da noite, caía uma garoa fina enquanto batia um vento gelado que parecia congelar até minha alma. Um homem o qual não pude ver muito bem, estava do outro lado da rua, sozinho, vestido de preto de estatura mediana, será o mesmo? não! "pare de ficar imaginando coisas menina tola" disse a mim mesma. Cheguei em casa tremendo o queixo de frio , toda gelada e úmida com a maquiagem meio borrada, minha mãe logo percebeu que havia algo de errado não fez mensão alguma e foi logo dizendo
- Você demorou hoje! O que aconteceu?
- Dormi no ônibus e perdi o ponto!
- De novo, dormir no ônibus é coisa de pedreiro que acorda 4hs da manhã pra trabalhar.
Nem respondi fui logo tomar um banho quente. Enquanto a água quente escorria pelo meu rosto eu pensava nos pormenores que estiveram ocorrido nos últimos dias, as pessoas me olhando, o cara do ônibus, as brisas estranhas, a sensação de culpa, "que diabos está acontecendo comigo?". encontrei uma solução, "vou consultar meu psicologo" Dr. Pablo concerteza me daria uma boa resposta.

22.10.09

Sonho?

Acordei assustada com alguns ruídos estranhos na janela, minha gata dormia no pé da cama a janela estava aberta, perae aberta? Eu nunca durmo de janela aberta! Minha irmã dormia serena em sua cama, as cortinas se movimentavam com violência e o vento que entrava pela janela era de congelar. Levantei depressa para fechar a janela, afastei as cortinas meio atrapalhada pela sonolência, quando olhei para fora e fiquei em choque, meu cachorro é um rottweiler ele dormia tranquilamente e um homem o qual não pude ver o rosto estava parado olhando na direção da minha janela. Então soltei um gritinho de susto e ele saiu correndo e pulou o muro demais ou menos 3 metros, num pulo só, sem muito esforço. fiquei ali naquela cena abismal, paralisada de olhos arregalados e provavelmete boquiaberta até meu celular tocar, era o despertador, ainda eram 3:15 da madrugada, por que meu celular despertou aquela hora se eu coloquei para despertar somente as 8:00hs ? Fechei a janela desliguei o celular e voltei a dormir.
Dormi e sonhei, sonhei que eu acordava com meu celular tocando 3:15 a.m. eu olhava para o lado e me deparava com um homem vestido de preto ao lado de minha cama, ele se abaixou, eu não podia me mover, quando ele chegou bem perto eu acordei apavorada. Desta vez já eram 8:10a.m. droga eu não devia ter desligado o celular, ainda assim parei sentada na minha cama olhando para janela, será que foi somente um sonho? será que aquilo realmente aconteceu? Bem, meu celular estava desligado assim como eu o desligara logo após fechar a janela, ou será que ele desligou por causa da bateria? Liguei-o para ter certeza "bateria fraca" aparecia escrito na tela.

19.10.09

Caranguru?? (cont.)

Olhei pra ela perguntando com o olhar "caranguru?" e ela repetiu "caranguru", ai não teve jeito todos nos matamos de tando rir, meia hora depois ainda estávamos rindo do caranguru que na verdade era CANGURU não CARANGURU, sei que quem estava dormindo acordou só para dar risada do caranguru dela.
Passada a crise de risos fomos embora, na saída paramos para cumprimentar uns conhecidos outro amigo meu L. (ai esses L's da minha vida) eu pegava ele de boa, ainda mais com essa pegada uiii. Depois nada demais algumas besteiras no ônibus de volta, palhaçada cá e outra lá (estou realmente de bom humor). Bem que algo bem bacana poderia acontecer, algo inusitado e inimaginável(isso é realmente difícil porque minha mente é muito, muito fétil). O namorado de T. ainda não havia chegado ao terminal, então ficamos ali ainda algum tempo a conversar vendo aos pouco a luz do dia se discipando e as primeiras estrelas apontando no céu. O movimento de pessoas começou a diminuir e as poucas pessoas que por lá passavam eram cada vez mais estranhas, estranhas e curiosas, curiosas no modo de agir, de olhar, de andar(olha minha mente maquinando de novo).
No ônibus que peguei para casa havia poucas pessoas, uma das pessoas era um homem de mais ou menos uns 26 anos, cabelos escuros, pele morena, cavanhaque estilo "mosqueteiro", que eu particularmente acho muito elegante e da um toque de seriedade e sensualidade masculina. Ele tinha no peito um pentagrama como o meu, a primeira coisa que me veio a cabeça "ele deve ser um wiccano", minha vontade de falar com ele aumentava cada vez mais, mas quando decidi tomar coragem e puxar assunto tive de descer, meu ponto chegara. Próximo de casa senti uma brisa fria que parecia trazer notícias não muito boas, pois tinha uma energia estranha e nada agradável. Corri para dentro de casa, ai nada demais a mesma chatísse de sempre, a não ser a luz da lua que está refletindo na janela do quarto e não me deixa tirar o olhar dela e do céu que está totalmente sem nuvens e com muitas estrelas. Acho que vou ouvir Beethoven no meu super e descolado mp5 até dormir de tédio.

Caranguru??

Quando estava indo para o meu curso pela manhã, no ônibus, sentada num daqueles bancos um pouco mais altos do que os outros estava ao lado de um homem trajado de terno e gravata. Ele estava ouvindo música bastante alta no fone de ouvido (tão alta que pude ouvir o que ele estava escutando, era uma música bem calma.). De repente um "amigo" meu entrou no ônibus(é ele é gato e muuito talentoso, ele toca violão como ninguém.) ele pareceu não ter me visto então fiquei na minha e fiz de conta que não o vi também(eu não estava nem um pouco afim de conversar). Então quando fui descer me fingi surpresa por ver ele sentado no último banco (como se não tivesse visto ele lá antes) cumprimentei-o e puxei papo(agora sim eu estava preparada), mas logo tive de descer, desejei mil vezes encontrá-lo mais tarde e fazer aquilo que antes não pude(não pense besteiras meu caro leitor, a maldade está nos olhos de quem vê.) eu queria mesmo era tascar-lhe um beijo daqueles naquela boca carnuda. Qual é eu sou jovem tenho mais é que aproveitar a vida, falando nisso tenho uma festa daquelas pra ir fim de semana, tem tudo pra ser o máximo. Na saída do curso chovia muito por isso resolvi passar o tempo restante na biblioteca em meio as inúmeras estantes amarrotadas de livros de todos os generos(eu simplesmente adoooro ler, acho que nenhum filme, série ou novela se compara a um bom livro.).
Na entrada do colégio não aconteceu nada demais a não ser algumas preocupações de minha amiga Lua(mais uma vez digo, este não é um apelido) e é claro como poderia me esquecer daquele suuper gato que veio puxar papo comigo, ele veio com a desculpa de "onde fica o shopping?" sendo que era só olhar para o lado que podia-se vê-lo bem claramente. Joguei um verde e ele correspondeu, pediu meu telefone e meu messenger e é lógico que eu passei e peguei os dele também(eu sei, eu sou demais) quem sabe eu leve ele comigo na festa de sábado.
Hoje só tenho aulas inúteis como inglês e educação física, as aulas de inglês curriculares são uma droga e educação física não serve pra nada a não ser ficar suada, Eca! Primeira aula, segunda aula, terceira aula, intervalo, estou realmente animada(deve ter sido o encontro com o L. de manhã) estava tagarelando tanto que não fazia a mínima idéa do que estava falando, mas as pessoas estavam próximas de mim e rindo do que eu dizia e não de mim(adoro isso). O terceiro sinal soou anunciando que já eram 15:50hs hora de voltar as aulas, Biologia, eu simplesmente adooro biologia até pensei em fazer faculdade de biologia ou biologia marinha, mas quando soube que teria de abrir animaiszinhos desisti imediatamente da ideia(a ideia de cortar e ver o interior de uma criaturinha inocente me embrulha o estomâgo e acaba com meu sonho). Bom tudo pronto para a apresentação sobre os mamíferos repassei a matéria com K., A. e B. ok, vamos lá. K. foi com um papel escrito sua fala como apoio começamos a apresentação estava indo tudo bem, a sala inclusive o profº quase dormindo, quando K. estava lendo sobre reprodução e blábláblá foi quando ela soltou aquele... CARANGURU.

17.10.09

azar, azar e mais azar (cont.)

Eu ainda estava com aquela sensação horrivel de constrangimento e vergonha, passei o resto das aulas quieta e procurei não me movimentar muito para evitar que algum outro desastre acontecesse. Hoje eu realmente não deveria ter acordado, eu não deveria ter levantado daquela maldita cama.
Encontrei meus amigos conversei um pouco e chamei T. e A. para irmos embora (meu estress estava em alta, queria ser um passáro ou um gato e não precisar me preocupar com nada e ser livre para fazer o que eu quiser, mas a realidade é outra.). Chegamos no terminal meu ônibus parecia estar a minha espera, humm... ótimo, corri para pegá-lo sem nem me despedir de meus amigos. Lotado, que ótimo, o dia perfeito(sinta minha ironia). Bom pelo menos não paguei mais nenhum mico no caminho, a não ser quando desci do ônibus e dei um tropicão. Em casa me enternei no meu quarto ouvindo Pussycat dolls no meu suuuper mp5 e acariciando minha gata que estava a me fazer compania. Acabei dormindo ali distraída, deitada de qualquer jeito na cama, o que concerteza me deixaria com uma baita dor nas costa amanhã.

15.10.09

Azar, azar e mais azar

Eu odeio acordar cedo principalmente quando tenho que ir para um curso chato e inútil. Levantei sonolenta tentando manter os olhos abertos arrastando os pés com minha pantufas descoladas do matsuri (não que eu seja uma nerd ou lésbica que frequenta o matsuri). Me arrumei com alguma dificuldade (hoje realmente será difícil me manter acordada, principalmente em alguma aula entediante de química ou física), coloquei um pouco de cereal de chocolate numa tigela e devorei rápidamente, como sempre estava atrasada, mas felizmente não precisei correr para apanhar o ônibus. Como sempre estava lotado mal havia lugar para segurar (eu realmente odeio isso). A segunda condução, para meu azar também estava lotada, quando eu digo que não será um bom dia, é porque não será mesmo. Meu azar estava começando a apontar, uma freiada brusca me fez perder o equilíbrio e esbarrar em algumas pessoas que estavam ao meu lado, o maior mico, fiquei corada de vergonha, pedi desculpas, mas minha voz soou tão baixa que duvido que alguém tenha me escutado. Fiquei tão constrangida que estava louca para que meu ponto chegasse logo e eu pudesse sair daqueles olhares sinuosos e petulantes, mas meu azar resolveu se manifestar outra vez apertei o maldito botão que tocou aquele apito alto e dolorido e que droga um ponto antes do que era para mim descer, bem eu não ficaria no ônibus nem mais um segundo tomei coragem e desci, pra minha sorte(sorte, se é que pode chamar isso de sorte) o curso não era muito longe dali, mas eu estava atrasada e irritada (acho que estou de TPM, que droga). Cheguei uns cinco minutos atrasada, ofegante e sem classe alguma, então joguei o cabelo para trás empinei a cabeça e o bumbum e entrei na sala na maior cara de pau. O garoto que divide o computador comigo ainda fez a piada "chegou cedo....pra aula de amanhã" eu ri, do jeito que ele falou até que soou engraçadinho. A aula passou rapidinho e que droga o garoto aquele de outro dia, o manco, se ofereceu para me acompanhar, inventei uma desculpa de que iria direto para o colégio para fazer um trabalho que eu havia esquecido em casa. A desculpa funcionou ele foi para um lado e eu para outro, andei vagarosamente pela rua silênciosa e pouca movimentada com casas antigas, que eu particularmente adoro. eu reparava sem pressa cada uma daquelas lindas casas, mas a minha preferida é uma bem antiga meio acabada ela tem uma energia sobrenatural, algo meio bruxo sei lá. Fui até biblioteca do colégio, adoro aquele lugar, para ler um pouco. Fiquei lá até dar meio dia e eu ir encontrar minhas amigas, isso inclui minha best, não demorou muito para T. aparecer e o ponteiro do relógio indicar que já eram 13:00hs.
Cheguei animada na sala fazendo idiotices e piadinhas, cumprimentei as garotas e continuei na minha impolgação com ajuda de K. (como eu ja disse ela é hiperativa). Logo na terceira aula meu bom humor desaparecera, matemática, resmunguei(eu odeio matemática e minha professora é insuportável, para não chamá-la de cow - é eu falo inglês). saindo para o intervalo não reparei que o chão estivera sido lavado a pouco e ainda estava úmido, saí apressada para ir ao banheiro e como pode imaginar estarraquei-me no chão, nunca paguei tanto mico no colégio (hoje realmente não é meu dia de sorte). Levantei rapidamente, provavelmente vermelha feito um tomate e fui ao banheiro desejando ser invisível, mas eu pude ouvir os risos a minha volta, o que só me fez sentir pior ainda.

14.10.09

Tédio é pouco (cont.)

O dia todo foi um tédio só, nada de diversão, nenhuma loucura, nenhuma merda, apenas tédio. Voltei pra casa na compania de meu amigo Aldo, não, não é apelido. Ele é engraçado e alegre, mas acho que o tédio atingiu até ele hoje. Entre umas risadas e outras o silêncio esmagador prevalecia, que droga estou ficando com dor de cabeça (hoje realmente não é meu dia).
No terminal meu ônibus logo chegou e meu amigo embarcou nele comigo. Mal conversamos novamente, ele logo desceu e eu continuei agarrada a um "mastro" do ônibus as vezes batendo com a cabeça propositalmente quando lembrava que meu dia foi uma droga.
Ao descer do ônibus instintivamente olhei para o céu, lua minguante, não gosto de luas minguantes. Então segui em frente, um homem de estatura média muito esquisito, nem feio nem bonito, estava vindo em minha direção estranho e normal, as vezes me conveço de que minha imaginação é mesmo muito fértil. O homem passou por mim olhando fixamente nos olhos, aquilo não foi minha imaginação, mas logo desviou o olhar e continuou seu caminho, bom nada demais.
Cheguei em casa e tudo normal a não ser uma brisa bastante sombria e horripilante. Deitei na cama ainda sem sono pensando no que poderia fazer para me cansar, eu poderia ouvir música no meu super mp5 ou ler meu vício "the house of the nigth", mas não, eu não queria ouvir música e não queria ler, na verdade não queria fazer nada, então coloquei meu pijama hiper colorido e fofo e sentei-me no assento perto da janela que estava aberta, o céu estava agora laranja meio rosado e a brisa já não estava mais sombria nem horripilante, mas sim calma e tranquilizadora. Fiz uma prece à meus deuses e resolvi me deitar, desmaiei na cama como se estivesse extremamente cansada, coisa que eu realmente não estava.

Tédio é pouco

Acabei não dormindo muito bem essa noite e acordei mais cansada do que quando fui dormir, lá fora está caindo uma chuva daquelas, minha gata ainda dorme profundamente enroscada nas cobertas. Acho que vou ficar em casa pela manhã e tentar dormir um pouco mais.
Voltei a acordar com minha mãe me chamando dizendo que eu iria me atrasar para o colégio, levantei correndo para me arrumar e então fiz o mesmo ritual de sempre :banheiro, roupa, maquiagem e cabelo(sim isso é mesmo necessário), passei um perfume(toda vez que ouço a palavra perfume lembro daquele filme "Perfume a história de um assassino", um filme muito bom, eu recomendo). Procurei algo para comer, minha mãe estava terminando de cozinhar...hum, arroz, soja temperada, carne de panela e salada, MUITA salada. Devorei tudo em cinco minutos, escovei os dentes despedi-me de minha mãe e de minha gata e corri para pegar o ônibus que já estava vindo(eu odeio correr para pegar ônibus, é o maior micasso).
Peguei o outro ônibus sozinha, desta vez T. não veio(aff, eu odeio quando ela não vem). Toda vez que chove ela não vai para o colégio, sempre digo que ela é feita de açucar e por isso não sai quando está chovendo. Hoje o clima está com uma energia muito estranha, tenho a sensação de que algo incomum está para acontecer, essa chuva esta bastante estranha(chuva = garoa) talvez seja só minha impressão. segui direto para o colégio em baixo do meu grada-chuva de zebrinha muito chamativo, mas eu o adoro. Chegando ao colégio fui a sala de T. para ver se ela havia vindo para a aula, mas para minha decepção não, ela não veio e como sempre sua sala estava vazia, frustrada fui para minha sala, como estava cedo havia algumas poucas pessoas lá, então deixei minha mala e fui dar uma volta.
No intervalo das aulas como sempre eu e K. fomos encontrar o pessoal embaixo da árvore da ala par, a mesma de sempre. Entre uns ois e outros pude ver quem veio e infelizmente tive a certeza de que T. não veio, quando ela não vem fico "perdida", pois eu não consigo ser tão comunicativa como K. (ela é hiperativa e pop, uma das razões a qual eu a admiro. K é corajosa e destemida e vive intensamente com grandes emoções, tá exagerei, mas ela é bem comunicativa, coisa que eu não sou).

13.10.09

Um dia daqueles (cont.)

Fui encontrar minha best friend na saída dos alunos do período da manhã (sim ela está de manhã, infeliz realidade). Ela é essencial para mim, por ela eu morreria iria ao inferno e mataria o diabo pra ter os poderes dele e voltar a vida (perae quem ressucita não é Jesus?). Ela é parte de mim, como minha cara metade é estranho dizer isso, mas acho que nunca vou amar ninguém como eu a amo. Eu estava conversando com alguns conhecidos quando a vi de longe levantei num pulo só e corri abraçá-la, quando me viu ela deu aquele sorriso lindo que eu adoro e correu para mim, eu a abracei com tanta força e tanta saudade que queria mantê-la nos meus braços pra sempre (isso soou bastante lésbico). Depois de um LONGO cumprimento começamos a falar de coisas banais do tipo "como scheps pode ser melhor que coca-cola" e fofocando sobre os últimos babados da galera (ela quase morreu de rir com a história do garoto). Ficamos lá conversando entre amigos por algum tempo, até que minha amiga T. (aquela do namorado chato) chegou, conversamos mais algum tempo até que T. me avisou do horário 13:00hs (se não fosse por ela eu sempre chegaria atrasada), hora de ir para a aula e como sempre eu e minha best começamos o drama de nos separarmos e a lamentar a idéia de não passarmos o dia juntas e talvez não vê-la amanhã.

O resto do dia foi normal, até... chegar em casa e me deparar com meu pai e minha mãe fitando-me com um olhar questionador . "A não fodeu de vez" pensei comigo. Eles deram o mesmo sermão de sempre, depois do blábláblá minha mãe se segurando para não chorar (geeente que drama, eu nem fiz nada demais) me disse que havia comprado para mim "Traída" (meu pequeno vício) o segundo livro da série "The house of the nigth" de acordo com as circunstâncias resolvi deixar para abri-lo amanhã (sim eu quase morri de ansiedade). Eles mal falaram comigo o resto da noite, a única que falou comigo com miados manhosos e ronronadosfoi minha gatinha que veio se aninhar em minhas cobertas é engraçado como ela sempre sabe quando preciso de um carinho, acariciei-a um pouco e cai no sono.

Um dia daqueles

Acordei assustada com meu celular tocando aquela musiquinha chata que tenho que lembrar de trocar. 6:55 da manhã hora de acordar, mas só vou levantar 7:10 quando meu corpo reagir a luz do dia. Me distraí pensando no que faria para conquistar o garoto do curso, 7:15 ah droga, cinco minutos atrasada, levantei correndo e comecei a revirar meu guarda-roupas buscando algo para vestir. Hum... acho que vou com minha regata cinza que comprei ontem ela é simples e bem básica, mas me deixa muito gostosa.
Lavei o rosto e me maquiei bem rápido e... melhor andar logo antes que eu acabe perdendo o ônibus. Não demorou muito e o ônibus chegou, lotado como sempre com as mesmas pessoas feias e mal encaradas de sempre, sentei no último banco no único lugar vago, entre uma gorda e um velho que cheirava mal. chegando no terminal tive de correr um pouco para apanhar o outro ônibus que me levaria até perto do curso. Desta vez consegui sentar no canto da janela, assim ignoro seja lá quem estiver do meu lado e observo as lojas por onde passo.
Droga, droga, droga faltam três minutos para começar a aula e ainda estou meio longe, o jeito é apelar para as kinesis e acelerar o ônibus. Ufa! cheguei bem em cima da hora e que sorte a minha, o gatinho está sozinho. Pedi licença e me sentei ao seu lado e, puxa como ele é gato. Comecei a concersar com ele e o convidei para dar uma volta depois do curso ele aceitou de prontidão, levantamos e fomos em direção a saída, foi quando pude reparar que ele mancava de uma forma MUITO estranha, a primeira coisa que me veio a cabeça foi "ele deve estar com a perna quebrada", mas logo percebi que não, infelizmente aquele gatíssimo, gostoso e fofo era na verdade, aleijado, minha decepção foi total e constrangedora, senti nojo e dó, mas disse imediatamente pra mim mesma "que horror, eu não sou preconceituosa, mas eu não ficaria com um aleijado, apesar de ser um gostoso, mas parece-me que isto de certa forma anulou seus pontos positivos, tudo bem talvez eu seja um pouco preconceituosa sim, mas sabe como é nós crescemos numa sociedade preconceituosa e querendo ou não acabamos adquirindo estes pensamentos. Conversamos um bocado até que ele é legal, mas muito monótono, meio tímido e sem chamativos(estamos falando de personalidade).

8.10.09

Problemas de garota

Estava apreensiva e tomada pela certeza de que "EU ESTOU REALMENTE FERRADA". Acabei até maltratando o coitado tudo bem que eu já não o suporto mais no meu pé. Fui todo o caminho tentando disfarçar minha preocupação apesar de não conseguir, eu realmente não queria preocupar minha amiga T. e nem transformar o "clima" num "funeral " (totalmente bad).
Ao chegar no terminal logo vimos o namorado chato da minha amiga, eu tento ser simpática com ele, mas tenho certeza de que ele não gosta de mim. Ao menos tive a sorte de meu ônibus chegar bem na hora, despedi-me rapidamente e corri para pegá-lo (não literalmente corri, mas fui depressa). não conseguia parar de pensar no fato de eu estar completamente ferrada e que eu iria ter que ouvir todo aquele blábláblá dos meus pais. Putz, esse garoto escolhe os meus piores dias para pegar ônibus comigo, desse jeito eu nunca conseguirei falar com ele, o que é um grande interesse meu, menos quando tenho que me preocupar com a bronca que vou levar dos meus pais. Ele até tomou coragem de se sentar ao meu lado! Aff, ele sempre escolhe os dias errados, não que eu veja ele sempre só pego ônibus com ele umas 2 ou 3 vezes na semana.
Então chegou meu ponto desci pensando no que faria ou no que diria em minha defesa, dei mais alguns passos bem vagarosos torcendo para que algo acontecesse e eu não precisasse chegar em casa hoje, mas infelizmente eu já estava em frente ao portão de casa, respirei fundo e toquei o interfone. Entrando em casa reparei que o carro de meu pai não estava na garagem, isso não queria dizer que ele não poderia ter ligado para minha mãe e contado o que tinha visto, ta que não foi nada demais, mas sabe como são os pais, são exagerados. Entrei, minha mãe estava sentada sozinha num dos sofás assistindo a novela das seis que normalmente passa as sete, dei "oi" como todo dia, fui até meu quarto deixei minha bolsa, respirei fundo mais uma vez e pensei "até agora tudo bem" meu pai não estava em casa e minha mãe estava tranquila. Tentando ao menos parecer normal fui ao banheiro lavar as mãos, cumprimentei minha irmã no caminho, lavei as mãos e fui apanhar algo para comer. Estava tão nervosa que engoli o pão quase que inteiro empurrando aos goles de café com leite bem adoçado e meio frio. "relaxa ela não sabe de nada". Fui ao computador buscando me distrair coloquei uma música baixa no fone abri algumas janelas da internet e comecei a escrever, foi quando ouvi o barulho estrondoso do portão se abrindo e o motor do carro do meu pai, engoli seco e apenas pensei "aja normalmente". E foi o que fiz, meu pai entrou meio que cumprimentou como sempre, tirei o fone para poder ouvir o que ele falava com minha mãe. Felizmente e para minha surpresa ele não falou nada, fez de conta que nada havia acontecido (e não aconteceu mesmo). Estranho! realmente muito estranho, da última vez ele deu um piti, por que agora ele agiu como se nada houvesse acontecido? Por que ele não falou nada? Fiquei aliviada e preocupada ao mesmo tempo, aliviada por não ter que ficar brigando com eles e preocupada porque meu pai não dizer nada, é algo realmente incomum e muito estranho talvez não fosse ele mesmo como pensei da primeira vez.
Melhor eu dormir agora tenho que acordar cedo amanhã.